4.41
Entra
Sir Walter.
SIR
WALTER
Nunca
esteve tão perto a fruição até este acaso
Ajudar:
antes de dar meio-dia,
Receberei
minhas duas mil libras em ouro,
E
um doce cabaço valendo quarenta2.
ESPOLETA
JÚNIOR
Oh,
tuas novas me laceram!
QUARTO
REMEIRO
Quase
se afoga! Ela a arrastou pelo cabelo,
Forçou-a
cruel e abjetamente; que mãe, essa.
ESPOLETA
JÚNIOR
Basta!
Suma como minha alegria.
Sai
o Quarto Remeiro.
Senhor,
não viu uma moça aflita passar aqui?
Veja
só! É você, vilão?
SIR
WALTER
Eu
mesmo, seu escravo!
Ambos
sacam, e lutam.
ESPOLETA
JÚNIOR
Devo
então trespassá-lo; não há tal obstáculo
Que
me suste a língua4
e as prometidas fortunas,
Não
sendo este peito, e devo prevalecer.
SIR
WALTER
Senhor,
creio que faz uma aposta fatal.
Fere
Espoleta Júnior.
ESPOLETA
JÚNIOR [Recuperando-se]
O
senhor busca logo o coração em meu peito?
SIR
WALTER
De
duas mil libras.
ESPOLETA
JÚNIOR
[Fere
Sir Walter.]
Oh,
pronto: quites, senhor.
SIR
WALTER
E
sendo os jogos parelhos, deixo de jogar.
ESPOLETA
JÚNIOR
Deixa,
escravo?
SIR
WALTER
Tenho
certas coisas a meditar,
Antes
que ouse prosseguir.
Sai.
ESPOLETA
JÚNIOR
Nem
um só assalto?
Te
sigo até a morte, mas não deixo barato.
Sai.
1Esta
divisão de cena foi introduzida porque a ação se passa claramente
não mais na residência dos Dourado, mas em um espaço público, ou
seja, Sir Walter já os deixou e se encontra andando na rua.
2Aparentemente,
40 libras era o preço que se cobrava por uma prostituta virgem
[L&T].
3A
atribuição ao Quarto Remeiro segue a emenda já introduzida, e
considera que de cada par o primeiro é um subalterno.
4Para
fazer o voto de casamento [LW].
5Ele
propõe dividir o dote [LW].
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